domingo, 31 de julho de 2016

Ironia do destino.... Hahahaha!!!!!




31 de Julho,


um dia com especial significado para mim. eu que em regra nem ligo aos números que acompanham os dias, nem a datas que comemoram o dia disto ou o dia daquilo. pufff. mas este é o meu dia. o dia em que pela primeira vez na vida a lua ficou azul, ou no ano seguinte se eclipsou pelo sol, ou simplesmente foi a lua mais cheia de sempre. fenómenos raros que acontecem uma vez de muitos em muitos anos tal e qual como eu eventualmente me conseguir apaixonar. um fenómeno. foi magia da lua.

ironicamente e por diversão dos Deuses descobri hoje (e só mesmo hoje) que dia 31 de Julho é também "Dia Mundial do Orgasmo".  tem tudo a ver.

hahahahahahahahahahahahaha...

os deuses gostam de baralhar e dar,  trocar as voltas,  virar de pernas para o ar. divertem-se a ver o pessoal rabear e espernear com as tentativas tipo barata tonta até ficarem de novo na posição certa.

o que gajo lá de cima se deve estar a rir.

31 de Julho. Um grande 31...





foi um amor de Verão. 
que fez todas as estações serem Inverno
 - meu nome é saudade-

há mil razões por detrás deste dia. e só uma única razão que valha a pena. ou não há razão nenhuma. nem nada que valha a minha já tão longa pena.

sábado, 30 de julho de 2016

Coisas pequenas...



O drama de ele ter a coisa pequena,

a caneta,

é a falta de tinta para acabarmos o poema.

Anne Quetzal - poemas americanos

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Homens assim-assim...



Os homens são uns panhonhas. Tá dito e juro que é mesmo o que penso. Agora vão aparecer por aqui uns quantos a dizer, ah e tal eu não sou assim não sei que tipo de homens conheces ou quem são os tipos com quem te dás mas eu não sou mesmo assim. Mas são. E independentemente do grau académico, da profissão, do estado civil, da idade, a maioria são amorfos, acomodados, desinteressados, calões, alheados, e tudo o que der muito trabalho e exija argumentação cansa, por isso é mais fácil dizer está bem assim, ou por mim qualquer coisa, o que te apetecer, ou escolhe tu. Ora a porra, se fosse para eu escolher não tinha perguntado.

Quando pergunto qual o vestido que me fica melhor, e se o azul é mais giro e dá melhor com o tom do meu cabelo -  quero mesmo uma resposta, quero mesmo que justifiquem o porque sim ou o porque não. Quando me respondem os dois são giros leva o que gostares mais, estão a dar-me facadas, a espetar agulhas debaixo das unhas numa tortura lenta e na agonia do que era suposto ser aquela a minha companhia e aquele homem o meu semi-deus.

Quando pergunto o que te apetece para o jantar, espero mesmo uma resposta, sejam criativos se conseguirem ( mas há jantar? achei que tu eras o meu jantar! ) ou  sejam só normalizados e normaiszinhos e respondam faz um bife com mostarda, ou o teu bacalhau à Braz - mas respondam! Quando me dizem faz o que quiseres, qualquer coisa serve, não tenho muita fome. Morri ali mesmo e quem perdeu o apetite fui eu.

Homens com atitude precisam-se!

Homens que saibam o que querem, que tenham opiniões e as assumam, que valorizem a escolha, que sejam decididos, que tomem a iniciativa, emancipados, que não sejam assim-assim, tanto faz, deixa andar. 

Quase homens, quase qualquer coisa.

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Lugares comuns, estereótipos, preconceitos e merdas assim...




Regressei de férias já tarde, pela fresquinha e depois de aproveitar o dia até ao outro dia, tudinho até ao ultimo segundo, ultima nesga de sol, a última onda, o restinho de cada segundo de férias que estavam a terminar. Cheguei a Lisboa já passava das 3 da manhã. Moro numa praceta cheia de pópozinhos que só saem ao fim de semana, nos dias de eleições, ou quando o rei faz anos, por isso depois de dar duas voltas fui estacionar o bólide no cu de judas, 3 dias atrás do sol posto e uma semana a escorregar por uma tábua abaixo e depois da difícil tarefa de encontrar um lugar onde coubesse o empecilho comecei a descarregar as cenas. E é pá, cenas é que não me faltavam.

Quando olho para trás, vejo atrás de mim dois negros de boné de pála e cheios de tatuagens - eu a somar preconceitos desde mil novecentos e troca o passo; pensei de imediato - Já foste. Vais ser assaltada. Mentalmente e num segundo revi tudo o que tinha e que podia ser roubado, relógio, telemóveis, 15 euros em dinheiro, cartões, máquina fotográfica, o carro. Siga. Venha o que tiver que ser. Aproximaram-se e educadamente disseram: Está tão carregada de coisas deixe-nos ajudá-la a levar as coisas até ao seu prédio. E toca de começarem a pegar em malas e sacos e saquinhos. E eu, meia aparvalhada... não é preciso, eu vou levando tudo com calma. Tenho tempo. Deixem estar. Ao que responderam: fomos ensinados a ajudar, e mais ainda uma senhora... e não temos nada para fazer, íamos mesmo para casa. 

Fui falando com eles pelo caminho até à porta do prédio, perguntei - mas moram aqui, aonde, já é tão tarde, então vêm de onde? - tretas para tentar perceber onde moravam, de onde vinham e etc como se essa merda fosse importante depois de ser assaltadaQuando já estávamos na entrada insistiram em subir o lance de degraus até à entrada do elevador com os meus tarecos às costas, e aí voltei a pensar... é agora que vais ser assaltada, e se for só isso é uma sorte. Agarrei na chave de casa (pontiaguda e comprida) pronta a utilizá-la como arma, e no ferro do chapéu de sol com a ponta prontinha a acertar-lhes num olho - como se isso fosse o suficiente para derrubar dois grandalhões. Morria, mas morria a dar luta, é o que faço sempre mesmo que morra na praia. E nunca mas nunca, mostro medo.

Não houve assalto. Despediram-se com um "boa noite dama", eu agradeci e eles repetiram mais uma vez que seriam incapazes de me ver a carregar tudo àquela hora, sozinha, e passarem e não ajudarem - que não eram assim e que essa não era mesmo a onda deles. 

Desta história fica mesmo o meu medo associado a um preconceito, e uma grande lição. Mais uma, daquelas que a vida não para de me ensinar. 

Há dois tipos de pessoas: aquelas que dividem as pessoas em dois tipos e aquelas que não dividem.  Arthur Bloch

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Férias de Verão...






Verão à porta. Durante uns dias estarei por parte incerta à procura do meu Verão. Mergulhada nele. Apostada em ser feliz. Hasteada a bandeira de que consigo sempre o que é melhor para mim. Basta eu querer. A tentar encontrar-me também. À procura dos pedaços do meu eu que fui deixando cair algures por aí, agarrados ao corpo e aos lugares que não eram os meus. Nem nunca serão.
Vocês não me verão.

Férias a sul




Mais um ano que vou rumar a sul como gosto. Pela 125 azul. Se poderia ir para outro lugar talvez até com menos gente? Claro que sim. Mas gosto das minhas duas semanas de praia nos meus lugares tanto como gosto da minha semana na neve. Faz parte das minhas coisas. Gosto de não fazer rigorosamente nada, preguiça da boa acompanhada de um livro, do barulho do mar, dos fins de tarde na piscina até o sol se pôr, ou na praia igualmente até o sol se pôr, das esplanadas, do areal até perder de vista. Da minha praia.

A primeira semana vou para o mesmo lugar de sempre, o meu lugar. Na segunda semana vou sempre fazer algo de novo. Este ano ainda não sei bem até onde vou, mas anda já aqui um bichinho a moer-me... será sempre em Portugal e perto da praia e com água quentinha. Mais a Sul do Sul portanto.

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Tarzan boy... e uma barrigada de riso.






Ontem fui ver Tarzan, o filme. Engraçada a forma com a história é contada do fim para o principio. No Tarzan da nossa infância fala-se de um menino criado por uma chita* que anda de liana em liana e que convive e conversa com todos os animais. Nesta versão, um Tarzan civilizado regressa à selva e ao meio que o viu nascer e propõe-se lutar pela natureza, pelos nativos e contra a imposição de regras e violência do mundo dito civilizado.

Estávamos todas à espera de ver um Tarzan upa-upa, de tanga, sunga, quiça de fio dental, em versão nativo, a mostrar os abdominais tablete, o six pack e a ab crack, uma coisinha assim para deixar o mulherio a babar e de boca aberta, e afinal o filme é um flop. Uma desilusão da selva. O homem nunca largou as calças, só em meia dúzia de cenas despe a camisa e nem uma só visão em full screen daquele rabo top. Uma lástima. Uma dor.

Desiludidas e a reclamar da situação, e toda a gente sabe que 5 mulheres a reclamarem fazem barulho que chegue, um dos meus amigos que por acaso é giro que dói, e até tem uns abdominais jeitosos resolveu improvisar um strip depois do filme acabar, em plena plateia do cinema em frente do ecrã, despir a camisa e contemplar-nos com uma barrigada de riso. Dançou ao som da banda sonora dos créditos do filme, chupou no dedo, abanou o rabo, fez boquinhas e mandou beijinhos, e pôs a plateia inteira a rir e a bater palmas. Acabou por ser uma noite fantástica.

*nome da macaca/gorila

terça-feira, 12 de julho de 2016

Meninos azuis certas atitudes ficam-vos tão mal....



Devia ser um comprimido para azia, mas receito um clister... 
Para lhes lavar a tripa e o mau humor.

Detesto gente maldosa, cheia de raiva e mau perder, a vomitar palavras de ódio e de arrogância. Nem sempre os mais fortes, os mais poderosos, os favoritos, os mais importantes ganham. Às vezes, muito raramente, os pequenos, apagados, sem grande favoritismo e pouco influentes ganham. E o que tenho lido por aí em letras gordas, cabeçalhos, paragonas e furos jornalísticos é feio, muito feio.

Uma nação e um povo são a imagem da forma como lidam com as adversidades e tratam os outros. Talvez por isso mesmo, nós já há muito merecêssemos ganhar.

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Desculpas mais que esfarrapadas...




Não são pães, são rosas Senhor. Assim reza a lenda da Rainha Santa Isabel quando visitava os pobres à revelia do rei e lhes levava pão ao que consta no regaço. Não sei se a história se passaria mesmo assim mas a lenda ficou para  a contarmos. Vem isto a propósito que cada um inventa as desculpas que quer. Ou melhor, que pode e a imaginação deixa.

Andamos com muita falta de pessoal lá no estaminé, muita gente tem saído para o estrangeiro com contratos sorridentes em Moçambique, Emiratos Árabes, Reino Unido, França e Arábia Saudita. Esta semana mais uma colega vai para Inglaterra e mesmo depois de 7 pessoas terem saído durante este último ano, por normas superiores e certamente que divinas não tem sido possível contratar ninguém. Os Deuses não deixam. E sim, os Deuses devem estar loucos. Ou então acreditam que se fazem omeletes sem ovos.

As equipas andam desfalcadas, nos mínimos dos mínimos. Os profissionais de saúde arrasados e quase todos com imensas horas positivas em bolsa ( horas que não são pagas ) aguardam apenas disponibilidade do serviço para serem gozadas. Já se fecharam salas da Unidade por falta de pessoal, já temos uma escala adicional à escala do mês, de seguimentos de turnos porque faltava pessoal na passagem de turno para a rendição e não havia ninguém disponível para seguir ( até os profissionais de saúde têm vida própria certo?) e agora por ultimo estamos em casa, no cinema, na praia, de calças para baixo, a pinar e o raio e a porra do telemóvel não pára de tocar e de incomodar cada um a qualquer hora e com a mesma pergunta de sempre. Podes fazer a manhã amanhã? Ou outra igualmente fixe... Podes fazer a noite de hoje? Já não há pachorra, nem cu que aguente. Queremos paz e sossego quando não estamos a trabalhar.

Como o cenário é este, recorrentemente...
Passámos a ouvir as desculpas mais divertidas e imaginativas que o ser humano é capaz de criar. 

Enfª Chefe - Liguei-te ontem à noite. Não atendeste. Eu disse que tinham que estar contactáveis.
LSD - Não devo ter ouvido o telemóvel. Ando muito cansada, fico surda.

ahhhhhh... risos.

Enfª Chefe - Liguei-te eram 22h. Precisava que viesses fazer noite. Não atendeste. Não gostei nada.
Duarte - Deite-me cedo. Quando adormeço já não oiço nada.
Enfª Chefe - Mas eram só 22 horas.
Duarte - Foi o que eu disse.  Deitei-me cedo.

ahhhhhh.... risos.

Enfª Chefe - Liguei-te ontem para ver se podias vir fazer a manhã. Desligaste a chamada, percebeu-se.
Pedrinho - Eu ???? Nada disso... o meu telemóvel tem é uma tecla estragada. Quando atendo desliga-se e já não liga.

ahhhhhh.... risos. 

Enfª Chefe - Liguei-te 3 vezes. A chamada foi sempre para o voice mail, deixei mensagem. Sempre que assim for, tens que me contactar.
Picolé - Eu????? Olha essa! Nem tinha o telemóvel comigo. Esqueci-me dele no cacifo dentro do bolso da farda.

ahhhhhh... risos.

Enfª Chefe - Liguei-te toda a tarde ontem. Pelo menos umas 5 vezes. O telemóvel toca, toca, e ninguém atende.
Judy - O meu telemóvel parece que toca, toca, mas não toca nada. É impressão. Até eu fico na dúvida.

ahhhhh... risos. (minha preferida)

E assim vai o relacionamento entre telemóveis, pessoas, e o meu serviço. Quem disse que a tecnologia acrescentava tempo e liberdade enganou-se e enganou-nos, estamos quase a ser escravizados pela tecnologia. E qualquer dia com o gps e a localização móvel activa, a "Chefe" passa pelo local onde estamos a curtir a natureza, a vida, e com as ditas calças na mão e leva-nos por um braço à força e a espernear para irmos trabalhar.

Bem vindos ao admirável mundo novo.

domingo, 10 de julho de 2016

Dias cheios...


Fim de tarde na praia. Esplanada e um Gin tónico com uma simples rodela de limão e uma folha de hortelã a acompanhar. Sopra um vento forte de norte que me revolta os cabelos e arrepia a pele. A força da rebentação na areia, já ali tão perto, traz-me aos lábios o sal do sabor a mar. Põe-se o sol. Finda o dia. Não termina a vida. Talvez haja muitos mais dias para viver. Estou em paz. Estou feliz. Baixinho agradeço à vida pelo que me tem dado a viver.

Nem sempre a vida faz sentido. Hoje fez.

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Duas coisas...



conheceram-se, namoraram, casaram
e foram infelizes.

Marta Gautier. 

É com esta frase que começa o espectáculo da Marta Gautier, um divertido somatório de generalizações de rir às lágrimas. Constatações de frases feitas, de gestos facilmente reconhecidos nos relacionamentos e no mundo que nos rodeia, afinal de contas em tantos de nós. Em 90 minutos revemo-nos em algumas daquelas generalizações.

Vale bem a pena o tempo despendido. Ela sozinha em palco num monólogo recheado de gargalhadas faz a festa e faz-nos pensar. Ela é genial.

Outra coisa

A minha teoria mais uma vez confirmou-se. A selecção ganhou e eu já calculava que fosse ganhar. Foram só duas batatinhas que os Galeses levaram na saca mas chegou. Agora a parte pior... Domingo vou estar a trabalhar à hora da final, e toda a gente sabe que durante os 90 minutos do jogo ninguém adoece, ninguém morre, ninguém vai ao hospital, praticamente não há transito logo não há acidentes de viação e como tal de certeza que não vai haver movimento que justifique eu não estar sentadinha na sala de pausa a olhar para o quadrado a ver os 22 gajos em calções a correr atrás da bola e a torcer pela minha equipa e a gritar pelo meu país. Portugal olé! 

Pois...

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Teorias minhas...



Sinopse: Vou falar de pessoas estranhas, coisas que há muito tenho por dizer. Pedirem para explicar melhor, já é chatearem um pouco. Chatear, no sentido de pressão. Pressão essa que me levará, necessariamente, a um ressentimento contra vocês. Vocês que depois vão alegar, tipo picuinhas, tipo vítimas, que não têm culpa porque não pediram nada. Por um lado têm razão, podem ficar com a vossa razãozinha que tanto vos satisfaz, por outro, a possibilidade de eu me sentir incomodada, impele-me, mesmo que erradamente, a procurar responsáveis. Só esta conversa já me está a angustiar. Agradecia que parássemos por aqui.

Sempre que não vejo um jogo da Selecção por alguma razão de última hora, a selecção ganha. Portanto meus amigos a chegada à final já está no papo. Vamos ganhar, ou empatar, ou chegar a penaltis, ou qualquer coisa... o que importa é que vamos lá estar. 

Não vou ver o jogo hoje. Tenho bilhetes para o espectáculo da Marta Gautier no Teatro Villaret - Pessoas Estranhas. E apesar de defender a 100 % as cores do meu país, optei por dar umas boas gargalhadas a ouvir falar de um tema que dá vontade de rir e que até tem pano para mangas - Pessoas Estranhas. 

Vamos lá ver se esta teoria minha de meia tigela (mais uma) se confirma. Logo já saberemos.

terça-feira, 5 de julho de 2016

Sou esquisita? Dizem que sim...



Dizia-me hoje uma amiga; oh pá és tão esquisita, tens que ser menos esquisita. Menos esquisita com os amigas e menos esquisita com os homens.
- Oh pá temos pena. Não quero!

....

Elas diziam: 
Tu até podias ser bonitinha se não fosses estranha.
E hoje em dia eu digo-lhes: 
Vocês até poderiam ser interessantes se não fossem normais.

Tati Bernardi

Não é fácil enganarem-me, normalmente tenho uma boa percepção das pessoas que me rodeiam, lido com muita gente, tenho muitos amigos, e mais ainda conhecidos - ou o que lhes quiserem chamar - whatever, assim como colegas de trabalho. O que não me falta é gente e povo à minha volta. Tenho um sexto sentido óptimo, consigo perceber a tempo quem não merece um pingo da minha atenção e não tem interesse para mim, afasto-me de quem não me interessa e aproximo-me de quem eu gosto ou o meu coração aconselha. E até hoje não me tenho dado mal. 

As pessoas de quem sempre me afastei revelaram-se problemáticas, aborrecidas, demasiado conflituosas, desestabilizadas emocionalmente, alguma até quase que perigosas. Sem interesse nenhum.(para mim) Sou muito sumária nas relações, muito básica nas escolhas, comigo é tudo muito simples, ou me agrada ou não. Não faço fretes, não acompanho com pessoas que não me dizem nada e que não me agradam. Não me movem interesses de qualquer espécie. Não espero nada de ninguém. Costumo até dizer que sou independente, tenho o meu trabalho, tenho uma boa vida, por isso não espero que me paguem as contas, nem que queiram casar, nem que me façam filhos. 

Muito menos faço small talk ou conversa para encher chouriços, não aturo gente que fala fala e só diz disparates, ou não diz mesmo nada de jeito, ou pior ainda, que passa a vida a falar mal da vida dos outros. Gente ressabiada, de mal com a vida, que reclama de tudo, insatisfeita, que me cansa o corpo e a paciência e que me suga a energia e a boa disposição, ou de baixo nível, sem pingo de formação e educação por muitos cursos superiores, pós-graduações e mestrados que possam ter. E acreditem, por aqui já se viu de tudo.

Já deixei mais do que uma vez de ir com determinados amigos porque no grupo havia gente com quem eu não queria mesmo estar. Sou transparente, e é muito fácil perceber o que sinto. Não dá para disfarçar e pela minha cara as pessoas percebem até onde vão chegar. Para muitas pessoas que conheço a viagem é curta, tão curta que entram na minha vida mas saem logo na próxima paragem sem tempo para aquecer o lugar.

Não acompanho com gente conflituosa que procura a todo um instante um pequeno deslize ou uma falha para arranjar confusão e provocar barafunda. Nem com gente que fala alto, gesticula com espalhafato, grita ao telemóvel, dá barracada, diz palavrões, palavrões só na cama e põe meio mundo a olhar para si. Nem com gente que não sabe fazer da discrição uma forma de estar, sem saber estar. E de gente que faz o pino e mortais encarpados e dá três seguidas e foi à lua e à China montado num pau de vassoura, e já esteve com a Libéria na Libéria e tirou uma foto agarrado a uma vaca escanzelada e postou no facecoiso a pedir likes. Não tenho pachorra e tiram-me do sério. Não gosto do que não gosto e não abdico do que não gosto em situação alguma, e nem que a vaca tussa.

Temos pena!

domingo, 3 de julho de 2016

Aquele olhar...



Olhos.

Aqueles olhos malditos foderam-me para sempre.


Charles Bukowski


Frases


A tua casa é a tua casa. Basta chegar aqui para perceber que ela és tu. É engraçado como tu de quatro paredes e um espaço fazes verdadeiramente uma casa.

Umas das frases mais bonitas que já me disseram.

Compila...

  



Hoje lá no hospital, após a entrada de um doente com o prepúcio entalado no fecho das bermudas, a minha colega Lsd (a alcunha tem a ver com o facto dela ser muito acelerada parece que toma psicotrópicos) entra na Sala de Pausa e dirige-se  ao Dr. J. da Cirurgia.

- Que é que está a fazer com o comando da Tv na mão Dr J. ? Largue isso e venha cá já!!! Tenho ali um doente para si.
- Agora não me distraia. Estou compenetrado. (a mudar calmamente a TV de canal)

- Então compenetre, compenetre. Primeiro compenetra e depois venha já aqui ver se compila. Entretanto o pobre doente sem pila!

Tudo a rir

sábado, 2 de julho de 2016

Tiroteio...




Arrisquei comprar uma Kalashnikov para matar o tédio. Disparar aqui e ali contra palavras, gestos. Sobretudo silêncios. Libertar a imensa raiva que sinto cada vez que a ausência substitui a paixão. Depois percebi que com uma arma mais pequena tinha o problema resolvido. Chegaste a tempo. Sacaste da pistola e juntos matámos o tempo, o tédio, exterminámos os mal entendidos e no fim sem sinais de nenhuma morte escutaram-se só salvas para o ar de felicidade. 

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Ao acaso...




Ao longo do dia o sol descobriu, as nuvens timidamente dissiparam-se e uns raios de sol radiosos aqueceram o meu dia. Afinal a anterior previsão meteorológica não se verificou. Aconteceram apenas aguaceiros de pouca duração.

Se deito mais água à vida. Afogo-a

Previsão para hoje...




Humidade excessiva nos olhos. Chuva miudinha que cola a roupa ao corpo e encharca até aos ossos. Memórias nubladas, cinzentas, envoltas numa manhã de nevoeiro. Vontade de depositar as armas, largar a armadura e desaparecer para parte incerta tal como na lenda de D. Sebastião. Os astros não se alinham e a meteorologia não colabora. Aguardam-se melhores previsões.  

Psssst...Cheguem-se aqui para vos mostrar uma coisa.