sábado, 29 de novembro de 2014

Jingle Bell, por aqui já é Natel!




Não gosto particularmente do Natal, mas esforço-me. Dou o meu melhor. Por aqui já se respira a quadra. Agora falta a parte pior... enfrentar o trânsito caótico, os Centros Comerciais cheios, a fobia do consumo e das compras, gente por todo o lado, encontrões, filas para tudo, supermercados apinhados. E a minha vontade imensa de fugir para outro lado. E em casa as mesas cheias de fritos, confusão, e comida, comida, comida. Já disse comida?

Valha-nos o espírito da coisa, Mas pensamento positivo isto passa rápido e daqui a nada já acabou...

Vamos lá então!

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Ser mulher...




Ninguém nasce mulher: torna-se mulher.

Simone de Beauvoir.


Gosto de ser mulher. Gosto do meu género. Gosto de cuidar de mim e gosto que cuidem de mim. Gosto de quem me gosta. Sou insegura às vezes, sou altiva e orgulhosa outras tantas, sou menina ou mulher arrojada. Sou carente ou desapegada depende dos dias e das hormonas. Tenho tpm, tenho dias de lágrimas, tenho dias de gargalhadas constantes por tudo e por nada. Sou assim ou assado. Sou de decisões imprevistas e grandes escolhas. Sou de paixões. Gosto de correr riscos e não sou de desistir. Defendo as causas perdidas, luto pelo que quero e pouco me importa as normas dos outros, tenho as minhas. Sou sempre anti-norma e fujo delas. Sou de opiniões e defendo-as. Sei sempre o que quero, mas nem sempre o que quero hoje, quero para mim amanhã. Sou de chegadas com abraços gigantes e muito colo, mimos, sou também de partidas rápidas sem grandes despedidas quando aquele lugar já não é o meu. Detesto despedidas. Não faço fretes. Não sei estar por estar. Gosto de viver, gosto da minha vida, gosto do que faço, gosto da minha casa, gosto dos meus amigos (tenho pouco mas muito bons), gosto do homem que reparte comigo a cama e a vida. Gosto de sexo. Gosto da intensidade no sexo. Não penso no futuro, não faço planos, não me preocupa a vida dos outros. Sou alheada do que me rodeia, selectiva, com um sexto sentido brutal e um descomplicómetro ligado para o que não me interessa, filtro o que me agrada e descarto bem o que me pode atingir. Sou excelente a ignorar e a dar desprezo. Detesto rotina e monotonia. Sou de dar a quem merece receber. Sou lamechas quando quero, sou de perguntas difíceis e sem resposta.

Gosto do que vejo quando me olho ao espelho.
Sou o que sou.
Sou Mulher.mais uma

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Há quem diga a minha vida dava um filme, a minha dava uma série e das policiais, com muito sangue, medo, e alguns momentos hilariantes.





Doente entrado na sala de emergência. Duas feridas profundas por arma branca. Apresenta hemorragia visível. Abundante. Dificuldade respiratória, polipneico à entrada, agitado, discurso desconexo, verbalmente agressivo. Ouvimos atentamente a informação fornecida pelo médico da Vmer, mobilizamos de imediato o doente para a mesa de grande trauma e começamos por despir o doente.

À primeira tesourada numa camisola de lã ensanguentada deparo-me com um corpo marcado por tatuagens invulgares. Continuo o processo. Mais tatuagens por todo o corpo. A maioria estranhas aos meus olhos. Uma caveira com um punhal espetado no crânio. Um caixão. (que raio?) Uma frase no peito - Esfrega-me e pede um desejo. Sorrio. Não me demoro em considerações. Tenho vontade mas falta-me o tempo. As saturações baixam, a dificuldade respiratória aumenta, o doente expele sangue em jacto. Provável hemotórax é o diagnostico. Há que actuar rapidamente.

O doente enlouquecido desata a ameaçar todos os presentes na sala, se isto correr mal para mim, vai correr muito mal para vocês, sobretudo para si. E olha para o médico da Cirurgia Geral que se desinfecta para iniciar a colocação de uma drenagem torácica. Pára tudo, isso é uma ameaça? (...) já não coloco drenagem nenhuma, e chamem um agente de polícia para tomar conta da ocorrência. E olhem, bipem a Cardiotorácica, eles que lhe coloquem o dreno. Gera-se confusão e muito burburinho, o doente cada vez mais dispneico tenta erguer-se da maca. Estica o braço e dá dois murros na mesa preparada com o material estéril para a colocação da drenagem. Infecta o material. Cospe mais sangue e contamina tudo à volta, profissionais incluídos, com evidente risco para todos.

Adoptamos medidas extremas. Tentamos imobilizar o animal de grande porte como diz o meu colega Duarte. Sucedem-se as frases breves, a maioria de profundo desespero. Já vi gorilas no jardim zoológico mais maneirinhos. Irra que o gajo é pesado. É muito Hidrato de Carbono nesta massa muscular. Será que o gajo só come massa? É muita massa para tanta massa! Seis enfermeiros e dois auxiliares de volta de um homem ferido e fragilizado mas que parece um touro. Preparo uma fórmula de *Midazolam por ordem da anestesista, preparo o injector com uma seringa de *Propofol. Pelo meio levo dois encontrões do meu colega Pedrinho e quase que deixo cair a seringa perfusora. Rezo aos santinhos e apelo à minha grande experiência em andar na corda bamba para conseguir chegar onde preciso.

Finalmente o bicho mau dorme que nem um anjinho. Respiramos de alívio e começamos a tentar salvar-lhe a vida. De repente oiço um aparato de vozes, gente a correr, chamam no rádio seguranças e forças policiais...

Esse caralho estava a foder a minha mulher, se ainda não morreu venho acabar o resto. Fui eu que o fodi e fodo-lhe o resto. Ai cabrão que te fodo.

E houve detenção com direito utilização de gás pimenta e uma cena de índios e cowboys. Eu pirei-me e saí de cena que não sou fã de filmes do Faroeste.

A malta é pobre, mal paga, mas entre cuspidelas, encontrões e nomes lindos em franciú de França (só não me chamam santa), diverte-se à brava e não há telenovelas nem casa dos segredos que batam uma noite animada destas. O perigo é a minha profissão. Ahhhhhhh

domingo, 23 de novembro de 2014

Homens com sentido de humor...




Nem sempre os piropos são mal intencionados, badalhocos, e vêm de gente bronca e sem educação. Muita tinta já correu sobre este tema e muita gente, até gente importante segundo parece, falou sobre isso. 

De vez em quando a criatividade masculina surpreende-nos.

Ontem à noite...
Eu e a minha amiga Rita ao entrarmos num restaurante onde se encontrava um grupo de homens gajos giros à porta.

- Olha as Torres Gémeas!

Não resisti a olhar para trás. E as duas desatámos a rir...
E por um instante soube-me bem voltar a ter 20 anos.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

A cor das tuas cuecas...


Gosto delas brancas. Gosto delas pretas ou azuis escuras. Sempre boxers. Podem até combinar na cor com uma t-shirt interior, mas serão sempre lisas, bem justas. Em algodão ou lycra. Gosto de despir as ditas. Devagar ou depressa depende do que me apetece. Posso até não usar as mãos e usar a criatividade. Como eu gosto disso. Gosto de as ver. Com olhos de ver.
Ontem soube de que cor eram. Hoje não. E dei por mim sem conseguir dormir. Com uma dúvida existencial que me tira o sono e leva o sorriso. Não queria admitir, e só muito a custo o reconheço, sinto falta de saber a cor das tuas cuecas. Não sei se será amor, não gosto de dar rótulos às coisas, não sei se será mera curiosidade de mulher, mas saber a cor das tuas cuecas tornou-se uma obrigação na minha vida. Todos os dias.
Amanhã vou saber. Depois também. Mas e hoje?

Mostra-me o teu amor.
De que cor são as tuas cuecas hoje?

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Não posso fingir...



Não posso fingir,
Um gesto que faça, um olhar,
Vês logo se estou a mentir,
Já sabes que volta me dar.
...

Já sabes de mim
mais do que devias saber,
mas olha ainda bem que é assim,
para o caso de um dia eu me perder.
...

Afasta de mim,
Ou faz-me um sinal a tempo,
Há coisas que digo e que faço
E que depois me lamento.
...


Foi sempre meio tremida
A linha da minha vida.
Guarda as chaves do jardim,
Sou suspeito.

Guarda o que resta de mim
Junto ao peito!

Ser Suspeito - Paulo Gonzo.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Coisas fantásticas...


"Uma peça de roupa, duas molas da mesma cor. 
E repetidamente sempre assim. E se chegar ao fim e só tiver duas molas diferentes volto atrás e mudo uma das que só prenda uma peça de roupa e que seja da mesma cor."

Um segredo partilhado baixinho só para mim.

Na vida, tal como nas pequenas coisas, que até podem ser só molas de roupa, temos as nossas coisas, temos direito a sermos nós, mesmo que aos olhos dos outros o que é nosso pareça diferente, ou absurdo.

Gosto dos segredos das pequenas coisas. Sigo imensamente feliz com o que me faz feliz.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Que vais fazer amanhã à noite AC?


 Vou estar aqui.  
Super feliz a ouvir isto... e a pular e a dançar.

Ele há coisas...




Chama-se A. De Albertina. Nome feio posto à nascença em memória de uma tia nova que nunca chegou a velha. Dizem que coitada o A é de azar. Teve azar. São coisas. Ele há coisas. A "A" de Albertina também acredita em coisas que não consegue explicar. Histórias parvas que se repetem na sua vida e que a fazem chorar... ou rir. Não acredita em paixões. Pede tempo. Pede espaço. E raramente se deixa enrolar na teia dessas coisas que toda a gente chama amor porque muito antes disso já não está aí, e vai ver se a vida está ali. Porque há coisas, a vida trocou-lhe as voltas e apaixonou-se. Nada de mais se a vida fosse simples e a matemática linear. Mas não é. Dizem que nunca é.

Ele há coisas. Ele há um ele. E ele tem acesso a meios de controle, localização, identificação, fiscalização, monitorização e mais coisas acabadas em ão que a Albertina não domina, e nem sonha. E usou-as. Não devia segundo ele, incrédula - não devia mesmo - segundo ela. Mas ele há coisas. As mesmas coisas que impõem novas regras que não se querem, matam o espaço, dão o tal tempo que um dia se quis e hoje já não se quer, pressionam, magoam, e começam a levantar a poeira que se soprou para longe. E depois ele há coisas que não se explicam e que quase são impossíveis de acreditar. E são essas mesmas coisas que matam o amor que a Albertina fez tudo para voltar a acreditar.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Queria só um bocadinho do que eu quero...


"Desisti de acreditar em coisas eternas,
 acredito em momentos inesquecíveis. 
Destes que me alimento e àqueles que me rodeiam. 
Por isso encontrando-me pelo caminho podes escolher entre o eterno e o inesquecível. "

 Jeannie Klein

Saí de vela, estou cansada. Mortalmente cansada. Todos os dias temos que seguir turnos, abrir novas salas de cuidados, e prestar os tais cuidados sem o número de pessoas suficiente. Todos os dias se chama gente que está em casa, faz-se um choradinho primeiro, promete-se qualquer coisa em troca, ameaça-se depois. Fazer tarde ou manhã só, é um luxo. Segue-se sempre mais um turno, ou manhã e tarde ou tarde e noite. Acrescentam-se horas, às horas que já fazemos a mais. Humanamente começa a não ser possível. E shiuuuu, não acreditem nos números que ouvem, somem-lhe sempre mais cem porque os números só são somados depois da confirmação e da declaração obrigatória de doença e blá blá blá, mas todas as suspeitas que se dirigem ao hospital são os números reais.

Hoje apetecia-me deixar-me ir nas coisas que gosto. Encontrar-me no que é só meu e me faz feliz. Apetecia-me viajar até ao mundo dos sonhos, juntar-te a mim no caminho e juntos voarmos numa vassoura mágica até ao nosso refúgio. Não vejo por lá obrigações, nem um dia duro de trabalho, nem distancia, nem responsabilidades ou contas por pagar. Vejo só o que eu quero. E o que eu quero é estar feliz. Tanto me faz o frio ou o quente. Tanto me faz ao Sul ou a Norte. Tanto me faz sol ou chuva. Nem sequer quero saber se o que temos hoje vai durar mais um dia ou mais alguns anos. 

Queria música baixinho, queria uma cama quente, queria um abraço aconchegante, e as nossas conversas intermináveis, e todas as anedotas parvas, algumas repetidas, e as histórias divertidas do teu tempo de patrulha, ou as minhas do tempo em que vivia eu e mais umas quantas alucinadas como eu em 100 metros quadrados de casa, e os intermináveis relatos das histórias de uma família que não bate bem, por sinal a minha, e brincadeiras de gargalhar até doer a barriga, e muitas cocegas. E tu a fugires a rir com medo de mim, ou a pegares-me ao colo para me levares para o primeiro andar, ou a dançarmos numa coreografia ensaiada pela sala... 
E depois.. 
A intensidade e a violência do muito mais do resto de nós. Sem parar. Até o cansaço se diluir na sensação boa de plenitude e saciedade onde encontro prazer e paz.


Queria só um bocadinho do que eu quero. Mesmo pequenino.
Não é por nada, é só porque sim. Porque eu hoje estou assim.

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Coisas incríveis que me dizem na triagem...



Na triagem...


- Então diga-me lá de que é que se queixa?
- Anda cá Manel.... Ó Manel, sabes qual é o pé que me dói?

 Repita, não percebi. Então mas não sente a dor???

- Diz-me que tem diarreia. Viu se tinha vestígios de sangue ?
- Sei lá, ó menina eu costumo cagar sentado.

Ahhhh desatei a rir a imaginar a cena. De diarreia e a cagar de pé era coisa para dar um novo look ao wc, muito melhor que pintar à pistola.

- Então o que a traz por cá.
- Há dois anos dei uma queda...

Ai valha-me a santa...

- Resuma por favor. O que se passou há dois anos não interessa.
- Há um ano fui ao médico e ele disse-me que tinha diabetes...
- Resuma mais...  Só me interessa hoje. Hoje o que lhe aconteceu para vir cá à urgência?
- Hoje? Hoje nada!... Hoje finalmente tive tempo para vir cá.

Muito bom. Escrevo no diagnóstico provisório, falta de tempo!

- Bom dia. Porque veio à urgência?
- Não sei bem.
- Não sabe? Mas o que sente?
- Não sei.
- Tem dores? Tem febre? 
- Não sei....

Mau. Se não sabe, eu é que sei?

- De que se queixa afinal?
- Ando chocho. É isso chochito!

Siga... episódio de urgência " doente diz-se chocho"  Sic.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Lá onde o Diabo perdeu as botas depois de três dias a escorregar por uma tábua abaixo...



Ruidoso, devastador, indomável, perigosamente belo


Batem, batem levemente como quem chama por mim.... Fui ver, era a chuva, o frio, e o nevoeiro a pairar.

Chegar ao fim do dia à simplicidade de um abrigo de montanha. Inserido na beleza da paisagem, acolhedor, munido apenas do essencial.


Estive no fim do mundo, lá no cú de Judas, em casa do diabo mais velho ou onde o gato perdeu as botas. São 7 horas de viagem para lá chegar, mais de duas horas fora da total civilização, em estradas de montanha, cheias de curvas e contra curvas, precipícios pela margem, animais selvagens a caminharem ao lado do carro e a olharem de olhos esbugalhados para mim como se eu fosse uma extra terrestre e tivesse descido à terra como que por milagre divino, e uma boa centena de quilómetros a escorregar por uma tábua abaixo. As rádios só hablam espanholito, a Tv dá mais chuva e riscos que imagens, e quase sempre os locutores falam falam mas não sai som, mas se se souber fazer interpretação pelos lábios ainda se percebe as principais noticias, a Internet chega até nós a carvão molhado e é uma perfeita anedota, e as redes de telemóvel são mentira, duas redes diferentes no bolso do casaco e sim senhora funcionavam bem, faziam de contrapeso para me equilibrar à direita e à esquerda. 

S. Pedro não foi meu amigo, atirou-me com chuva com fartura, baldes e baldes dela, como se estivesse quase a ser mergulhada e depois afogada, e a fazer glú-glú. No entanto sou mesmo teimosa e não deixei de fazer o que queria, visitar a Cascata do Arado e da Fraga, a Barragem do Lindoso e a de Vilarinho das Furnas com a aldeia submersa, o miradouro da Pedra Bela, o Castelo do Lindoso, Soajo e os espigueiros - as típicas casinhas de pedra para armazenar os cereais. Mas juro que no final de cada dia, sempre que chegava ao Bungalow e me retemperava num demorado duche quente até as cuecas que trazia vestidas tinha molhadas. Levei uma parka impermeável mas chuva forte, daquela a sério, tocada a vento, não há parka que lhe resista, e nem sequer os melhores ténis de caminhada. Nada se salvou...

Excepto a minha alma que ficou mais lavada e em paz comigo mesma. Acho que me perdoei a mim própria e esse era o equilíbrio que procurava. Afinal antes de alguém ter que viver comigo, sou eu que tenho que viver comigo mesma, mesmo quando não sou o que queria ser e me desiludo a mim própria. Regressei preparada para o pior. O pior afinal não foi tão mau assim. Foi um tépido assim-assim. Um meio termo que não é mau mas também não presta porque não chega a ser bom e eu não sou rapariga de me contentar com o morninho do deixa andar, do assim assim, 

Vou esperar para ver se o frio que trouxe na pele, as mãos geladas, a chuva agarrada às pestanas, o cabelo colado à cabeça e o vazio imenso que senti no peito durante estes dias, rodeada do silêncio e da natureza, só e mais que só que nunca, me aclararam as ideias e fizeram perceber que numa equação em que existe um X e um Y ambos são parte da equação, e funcionam como problema ou como solução em igual parte e com igual responsabilidade.

Nunca fui boa aluna a matemática. Confesso que sempre precisei de explicações e só muito a custo consegui entender os símbolos matemáticos e a função de cada um. Espero ter aprendido a lição. Não repetir jamais o erro. Este pelo menos. Se não aprendi chumbo nas aulas da vida e sinceramente é a última coisa que quero para mim. E nesse caso... 

So, help me god!


domingo, 2 de novembro de 2014

Pause...






Vou fazer Stop no que é a minha vida por três dias. Carregar no Pause e parar para pensar no que quero, no que me move, no que espero de mim, dos outros, e para onde a vida me leva. Vou recarregar baterias, equilibrar o Karma, alinhar os Chakras, espantar o Vodu e os Halloween days.

Vou até ao Gerês para um Bungalow na montanha perdido no meio do nada (ou de tudo) em equilíbrio com a natureza e comigo mesma. Vou fazer caminhadas, descer o rio, andar de bike, assistir ao pôr do sol. Observar tudo de olhos muito abertos e absorver o máximo que puder. Vou renovar-me. Por lá não tenho acesso à Internet, nem sequer rede no telemóvel. Se chegar a algum lugar com direito à dita "civilização" comunico. 

Fiquem bem, Vivam-se. Não se esqueçam de ser felizes.

sábado, 1 de novembro de 2014

Hamo-te! E olha que não é um erro...




Errar é humano, no meu caso foi só estúpido. Cometi um erro. Mais um entre tantos que já cometi, entre tantas pessoas que já magoei. Magoei-me a mim mesma e mais ainda quem nunca deveria ter magoado. Aquele que tem tirado de mim o melhor que sou, quem não viu imperfeições nem defeitos, e sem medo algum do que viu ficou por perto. Dizem que desculpas não se pedem, evitam-se, estas não as consegui evitar. A intenção que me parecia boa revelou-se afinal desastrosa.

Sim cometi erros, a  minha vida não veio com manual de instruções. Fui muito menos do que queria muito ser, e que luto diariamente para ser, e envergonho-me disso. E agora? Agora é pedir desculpas sinceras, tentar provar, se é que isso é possível que se consegue mudar, erguer-me, levantar a cabeça e prosseguir com a minha vida. Esperar com muita esperança que quem me traz na pele, me estenda a mão e não me deixe cair, e depois deixar que o tempo me ajude no resto e vá compondo o que eu deitei por terra. Finalmente, aprender com o erro e jamais repetir este erro.