Tinha de tentar. Tinha de tentar mais uma vez. A última antes de desistir. Senti que devia tentar antes de abandonar o que era importante para mim. Tentei com a mesma fúria e determinação de sempre. O que sou. Mais uma vez. E?
À minha frente uma savana imensa onde pastam pachorrentos e calmos paquidermes. Alheios às moscas, ao calor e aos predadores. De somenos preocupados com a extensão árida de terra e a escassez de água. Que importa isso?
"Descobri que sou tal qual o elefante,
uma parte de mim aprende,
a outra ignora o que a outra parte aprendeu,
e tanto mais vai ignorando quanto mais tempo vai vivendo."
A Viagem do Elefante - José Saramago
Não apago os momentos, recordações que me matraqueiam a cabeça em memórias de elefante. Acrescento o aviso à porta das memórias: Estritamente proibido a elefantes.
O bom disto é que até os elefantes se vão esquecendo, as recordações se vão cansando e a cabeça acaba por sossegar.
ResponderEliminarA dificuldade está em calcular quanto tempo demora o processo.
Que seja rápido. :)
Carla: Quanto tempo é o ideal para pagar memórias, acondicionar num compartimento estanque pedaços de vida que ficaram para trás e seguir caminho? Não sei...
EliminarA memória de elefante dá cabo de mim.
às vezes vagueamos por aí - aqui - e encontramos uma porta fechada ao ritual, mas aberta ao paranormal... Não sei bem o que isto significa, mas saiu-me depois de (te) encontrar...
ResponderEliminarEli: Somos todos portas abertas para o "que não é normal" basta uma pequena faísca e surpreendemo-nos a nós próprios com as nossa reacções.
EliminarSomos capazes daquilo que não julgávamos ser.