terça-feira, 15 de março de 2016

Coisas que me ocorrem depois de uma visita à Polónia... Mais lugares.

Visita a Auschwitz, em polaco Oswiecim; e a Birkenau.


 O trabalho liberta... pois...

Perguntaram-me várias vezes porque tinha interesse em ir a um lugar tão pesado, com tanta carga negativa e onde milhares de pessoas foram mortas. Que interesse eu teria nisso...

Sentir o lugar, ver in loco um pedaço do que ali se viveu, é também dar graças por viver em paz e dar valor ao facto de até hoje nunca ter sabido o que é uma guerra. É visitar o passado para que no presente não me esqueça que aquilo foi possível - como não sei - como a humanidade assobiou para o lado e permitiu o que ali se passou, isso não consigo responder. Pensar também que o pior do ser humano vem ao de cima em condições de guerra e de sobrevivência extrema. Auschwitz não era só um campo de concentração e trabalhos forçados, era uma gigantesca industria da morte. Tudo era aproveitado desde os objectos pessoais, ao cabelo humano que servia para fazer têxteis, às próteses que eram fundidas em metal, ao ouro que era extraído de dentes humanos e por fim às cinzas dos fornos crematórios que eram embaladas em sacas e usadas como fertilizante nos campos.
Não tirei fotos aos despojos. São imagens chocantes. E nos fornos crematórios nem sequer permitiam fotos. ( o que acho bem )

Depois há o Block 11 ou Death Block supostamente o "hospital" onde eram experimentados todos os tipos de tortura e morte, não esquecer que Josef Mengele o doutor morte foi médico no campo e responsável por muitos "tratamentos" experimentais e inovadores, e a casa do Director do campo Rudolf Hoess que ali viveu com a mulher e os filhos, posteriormente foi capturado, julgado pelos crimes cometidos e trazido ao campo para ser enforcado em público. 


Visita às Minas de Sal...






Blá blá blá muita conversa, muita publicidade, mas sinceramente não achei nada de especial. A guia era uma treta, era despachar e bora lá andamento malta que isto aqui é grande e há que dar corda aos sapatos, não explicou grande coisa e também não há muito para explicar, e as esculturas de sal são na generalidade imagens de santos, cenas da vida de Cristo e da igreja. Muita parra para pouca uva. Vi e está visto. Não é superior em nada a nenhuma das nossas grutas e para quem lá vai não recomendo.

6 comentários:

  1. É como se os lugares de sofrimento extremo, nos lavem a alma dos nossos próprios sofrimentos...
    Beijos AC

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    1. Benne:É como se fosse inacreditável e subsistisse a pergunta - mas será que foi mesmo tanto assim?
      Foi pior!

      Beijooo Benne

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  2. E saber que há pessoas que afirmam, convictamente, que o Holocausto é uma invenção... E - pior! - ouvir pessoas dizer (recentemente numa campanha de apoio ao candidato a Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por causa da emigração): «go to f***ing Auschwitz!» O Homem não aprende nada, mesmo nada, com a História!

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    1. Gata: Pois...esse homem o D.Trampa é ignorante e má pessoa. Mil vezes o Tino de rans para presidente do que esse cretino. Não sei como o povo americano decidiu escolher aquilo... são burros já sabíamos!

      Que vai ser da América?

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    2. Não gosto do 'pato' Donald, mas não foi ele quem proferiu a frase, foi um apoiante, ainda que - provavelmente... - ele partilhe da ideia.

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    3. Gata: A ideia mais absurda e que me soa semelhante a guetto é querer construir um muro a todo o comprimento da fronteira com o México. Valha-nos o bom senso quando já nada resta.

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Diz aí nada ou coisa nenhuma.