quinta-feira, 4 de junho de 2015

Chique a valer...



«... criado de quarto, governanta inglesa para a filhita, femme de chambre
mais de vinte malas... Chique a valer!» 
Dâmaso Salcede personagem nos Maias de Eça de Queirós


Gente que vai para a praia carregada de tralha e que se apresenta no areal - literalmente abanca - como se fosse montar uma banca para vender na feira. Nem precisam de megafone porque barulho já eles fazem que chegue. Ele é chapéus de sol (sempre mais que um), paravento, cadeiras, geleiras com muitaaaaa comida, bidão de agua, (isso mesmo) como se fossem atravessar o deserto do Mojave ou o Sahara e na praia não houvesse esplanada ou algures um café, e bola, raquetes, bóias, barcos insufláveis, baldes e pás e forminhas, cestas com toalhas e uma muda de roupa e um casaquinho de malha para o frio, e um chapelinho para o sol, só falta mesmo as botas de neve para se por acaso nevar, que isto da malta profissional da praia quer-se sempre prevenida, e mais as almofadas de encher, um colchão para dormir a sesta, uma tenda para as crianças, jornais, livros, revistas de caras, às vezes ainda um radio, ou o tacho do belo cozido à portuguesa... socorro. 

Vão-se mudar ou vão passar apenas umas horas na praia? 
A mim parece-me que fugiram de casa.
À pressa.

4 comentários:

  1. E a panela de alumínio com o almoço?
    Sem esquecer aqueles que levam o corta-unhas porque ali na praia, como em tantos outros sítios, é um bom sítio para aparar as ganfas!!

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    1. L'Enfant Terrible: E o espremer borbulhas e pontos negros???? Ca nojo.... já vi... e é um desporto nacional nas nossas praias.

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  2. Eu só levo o guarda sol, toalha, tablet e myself. :)

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    1. Son da mamã: Levo um saco de praia ao ombro, com a toalha, o protector solar, um livro, a minha garrafa de água e uma peça de fruta ou uma sandocha. Na mão o chapéu de sol. E está feito....

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Diz aí nada ou coisa nenhuma.