terça-feira, 7 de abril de 2015

Pedaços de dias...

Já não vinha aqui há algum tempo. Dias. Ontem tive um dia de merda. Sempre que chove neste país os meus dias de trabalho são dias de merda. Sempre que há fins de semana grandes para comemorar alguma coisa, invariavelmente os meus dias de trabalho são dias de merda. Deve haver alguma co-relação que eu desconheço. Ontem foi um dia cheio de morte. Enxotei-a para o lado, afugentei-a com um xõ pira-te daqui. Dei o meu melhor. Não consegui. Trouxe a morte agarrada às roupas. à pele que é a minha e não dispo, ao cabelo que gosto a cheirar a flores e a Primavera. Trouxe na retina, numa sequência de imagens, a breve longa metragem de como se morre. Apetecia-me espairecer, jantar fora e fazer alguma coisa que me levasse o mau humor.


Fui ver isto...





É uma história baseada no livro com o mesmo nome e que retrata durante a segunda guerra Mundial a ocupação de uma vila francesa pelas tropas alemãs e o relacionamento entre ocupantes e ocupados com todas as implicações óbvias disso. Durante a ocupação alemã os oficiais ficavam alojados em casas particulares de residentes locais abastados. Há medo, violência, denuncias, perigo. Mas por detrás de uma farda há uma pessoa. Será possível descobrir isso? O filme transporta-nos para o lado de lá de uma missão a desempenhar.

Gostei, cumpriu bem a função que lhe propus. Distrair-me e fazer-me acreditar que nem tudo o que parece é, e que podemos sempre ser surpreendidos e traídos pelo lado que não controlamos, o das emoções.

6 comentários:

  1. Respostas
    1. Maria eu: Abraço em TU... gigante como tem sido esse coração.

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  2. Gostei do cru com que escreveste.

    O filme não vi, mas fiquei com vontade.


    e dá um chute na merda toda e sorri!

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    1. Baby suicida: Passo a vida a dar chutos em merda, o pior é que não tenho talento de futebolista e a merda espalha-se em cima de mim.


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  3. As emoções que tantas vezes se custam a domar, quanto mais domesticar!

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    1. L´Enfant Terrible: Aqui não se consegue domar nada, as emoções ganham vida própria e sobrepõem-se à razão.

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Diz aí nada ou coisa nenhuma.