quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Pai Natalinho ouve lá com atenção...

Este ano mesmo tendo recebido o subsidio em suaves bochechos ao longo do ano e diluídos em impostos e sobretaxa resolvi que não deixava a crise e o derrotismo e a merda do fatalismo tão português tomar conta de mim. Sou mulher de sonhos, capaz de virar o mundo do avesso por um bom sonho de arrasar, então embora aí sonhar.

Pai Natalinho, fui uma menina linda, comi a sopa toda mesmo a de Acelgas que detesto, comi as ervilhas quase todas (algumas enxotei com o garfo para a borda do prato pronto, mas essas tu não viste), e até dei uma moedinha de euro a um arrumador de carros (para não me riscar o carrinho lindo, mas o que conta é a acção e não a intenção certo?). Não cuspi para o chão vez nenhuma, reciclei o lixo em prol do ambiente e até comecei a substituir algumas viagens de carro pelos transportes públicos. Fantástico não é? 

Não empurrei nenhuma velhinha este ano, não comi criancinhas ao pequeno almoço, nem tirei macacos do nariz em público. Juro! E muito menos os enrolei em bolinhas lindas, redondinhas e atirei para o ar como fazia antigamente, lembras-te?), mas não acredites só nestes progressos...

Tenho mais, e muito mais coisas grandiosas. Passei de 35 horas semanais para quarenta. Agora trabalho 20 horas por mês em trabalho voluntário numa generosa dádiva de horas que cedo à comunidade e que não me são pagas, (sou boa pessoa não sou?) Também ganhava 8.55 euros à hora e agora reduzi o meu valor hora para 7.25 euros (que dizes à minha generosidade? Surpreendi-te?) Trabalho mais e com muito mais responsabilidade, e ganho menos.(sou ainda mais boa, não sou?). Melhor não... mesmo muito mais melhor boa. Por tudo isto Pai Natalinho acho-me merecedora da tua generosidade.

4 coisas que quero muito. Só 4 coisitas pequenas, sem importância que não te quero maçar muito e tu deves ter gente com listas de presente infindáveis.

No top dos tops, a mesma prenda que peço há vários anos e que ainda não recebi... vê-lá se te chegas à frente este ano. Para o caso de te teres esquecido, ok és velhote e a tua cabeça já não é o que era, avivo-te a memória.

Uma viagem a Nova Iorque. Ainda não foi este ano que consegui ir, talvez para o próximo quem sabe. Sou persistente e continuo ano após ano a insistir no mesmo sonho. Um dia vai realizar-se, é preciso é insistir e não desistir. 




Regressar aos Alpes. À neve do meu prazer. Porque gosto de férias de inverno, porque adoro neve, porque esquiar é um vicio, uma emoção e uma paixão. Porque o grupo que me acompanha é fantástico, porque este sonho é sonhado todos os anos a dois, no silêncio da montanha em perfeita sintonia com os flocos de neve que caem lá fora. Porque me esqueço de tudo perante a grandiosidade da paisagem.  



A nossa esplanada, os nossos skis, as nossas pranchas. O nosso lugar.
Um blusão novo para a neve. Cor de rosa. Cor de sonhos.


Trilho na Serra de Gredos. Depois dos Picos da Europa falta-me este. Difícil de conquistar. Uma meta a ultrapassar por mim. Um objectivo pessoal a concretizar. Desafio de vida. Porque sim. Porque quero muito. Porque a vida é feita de desafios que se alcançam e substituem por outros.  A ver vamos se será possível realizar.



4 comentários:

  1. Como sabes não peço nada mas aproveitando a tua deixa... Pai Natal, aqui a menina felina gostaria de, um dia, ir passar férias à tua terra! :-) Apesar de adorar neve, não gosto de esquiar, pelo contento-me com um passeio de trenó puxado por renas.

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    1. Gata: Sabes uma coisa. A Lapónia deve ser linda. Os hotéis de gelo, os trenós puxados por renas, as paisagens... faz tudo parte do nosso imaginário. Não conheço nada igual.

      Quem sabe não te sai o Euromilhões e vais? Ou uma herança de uma tia rica!

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  2. Respostas
    1. PM: O não está sempre certo - e nós bem habituados a viver com o não, por isso toca a pedir que pode ser que tenhamos sorte...

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Diz aí nada ou coisa nenhuma.