E tudo o que sucede, sucede por uma razão."
Gabriel García Marquez
Acrobata do amor, trapezista de sonhos, contorcionista no prazer, malabarista de economias, domadora de leões, amansadora de feras, feiticeira de improváveis, devoradora de fogo e de homens. Aqui há animais amestrados, palhaços, alguns ricos outros pobres, mas todos se esforçam por fazer acontecer música e arrancar gargalhadas à plateia. Muitos mágicos, esses os verdadeiros senhores do espectáculo capazes de tirar coelhos da cartola, moedas de trás das orelhas, transformar lenços em pombas vivas e em qualquer segundo acrescentar magia a um universo de impossíveis. São os meu preferidos. Transportam-me para todo um mundo novo, totalmente desconhecido e arrebatador. Com muito pouco fazem muito. Com uma mão cheia de nada, quase tudo. Basta cerrar os olhos e deixar acontecer. E voar nos sonhos da magia.
Nuns dias, índios de olhos vendados atiram setas ou punhais que quase acertam na rapariga tímida e desprotegida mas destemida, neste jogo que era para ser a sério mas é a fingir. Ou será o contrário? Nunca sei. Noutros, dias, cowboys de barba de dois dias sacam das pistolas e entram a matar. Raspam orelhas, cortam alças de soutiens, desabotoam botões de vestidos que acabam por cair no chão perante uma assistência em silêncio, boquiaberta, perdida entre o imaginário e o impossível. É preciso esperar. Esperar para ver. A heroína, uma verdadeira artista de circo submete-se ao espectáculo todos os dias e sobrevive. Sobrevive sempre. Não lamenta as nódoas negras, as mazelas que a vida circense lhe vai deixando no corpo. Sai do palco de cabeça levantada e a sorrir, embrulhada no manto de purpurinas brilhantes porque sabe que amanhã é outro dia e haverá outro espectáculo. Agradece os aplausos e corre veloz dali. Feliz, segura do seu destino, da vida que escolheu, da sua coragem e do dever de missão cumprida. Anões, aberrações, elefantes que saltam à corda, macacos de vestido de alças e saltos altos, porcos a andar de bicicleta, cartomantes, videntes, bruxas de vassoura e leitoras de sina são parte do espectáculo. Ai a triste sina.
A vida é um circo.
Bem vindos ao circo.
Olha, Para a Liza Minelli não era um circo, era um Cabarett... :)
ResponderEliminarC.N. Gil: Para mim é mesmo um circo..
EliminarUmas vezes divertido outras vezes assustador... Hoje está a ser creepy!
Beijinhooooo
A linha entre a comédia e a tragédia, o sonho e o pesadelo, a magia e o real, é sempre ténue!
ResponderEliminarL'Enfant Terrible: E dolorosa...tenho dias que este circo é tremendamente doloroso. Enfim...siga. O circo tem que continuar. Viva o mundo do espectáculo.
EliminarL'Enfant Terrible: E dolorosa...tenho dias que este circo é tremendamente doloroso. Enfim...siga. O circo tem que continuar. Viva o mundo do espectáculo.
EliminarL'Enfant Terrible: E dolorosa...tenho dias que este circo é tremendamente doloroso. Enfim...siga. O circo tem que continuar. Viva o mundo do espectáculo.
EliminarE intervalos com pipocas...? :)
ResponderEliminarMC: Shimmmmm....com pipocas, doces e quentinhas.
EliminarMC: Shimmmmm....com pipocas, doces e quentinhas.
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