A cidade é gigante. Tem uma rede de transportes fabulosa, o comboio suburbano, o comboio urbano e o metro entrelaçam-se numa rede funcional que permite ir do centro de Berlim a qualquer lugar da periferia como por exemplo Schonnefeld (um dos aeroportos) Tempelhof um antigo aeroporto desactivado e que servia em comum as duas Alemanhas divididas (um lugar giro de visitar) ou Postdam e os seus palácios e que era a zona da residência de férias do rei Frederico e fica já na floresta.
Tudo é cuidado, bonito, limpo. O policiamento das ruas é uma constante e há milhares de cameras por todo o lado, temos sempre a sensação de estarmos constantemente a ser observados, são um pouco paranóicos com a segurança até. Quanto ao povo alemão é um povo que gosta do turismo pela riqueza que gera ao país mas não gosta de nós turistas em particular. Olham-nos de lado como se fossemos uma raça a extinguir. É uma sensação estranha e foi a primeira vez que senti isto depois de já ter visitado mais de vinte países e muitas capitais europeias. Há algo que se me escapa. São desconfiados e muito antipáticos, mostram enfado e até algum desprezo cada vez que se pede uma informação.
Visitei Berlim dez dias antes do Natal. Os mercados de Natal, as luzes e a animação das ruas são uma constante e uma experiência inesquecível, a guardar para sempre, e para mais tarde recordar. Experimentei vinho quente com canela, e bebi várias das marcas das cervejas nacionais. São praticamente sem álcool e consegui beber 3 canecas de meio litro cada sem ficar a trocar o passo, o que para mim é de todo uma coisa rara e nunca vista, impensável sequer por cá já que ao fim da terceira imperial de apenas 20 cl arrumo as botas com risco de ficar tonta.
A história da cidade é devastadora e ao mesmo tempo impressionante. Berlim foi totalmente arrasada, ocupada, dividida e depois como que por milagre reconstruída, reerguida e renascida para os mercados económicos, para o turismo e para a finança. O edifício Sony na Sony Plaza é gigante, o Mercedes Arena maior que um estádio de futebol, o Forum Volkswagen uma lição de história e de engenharia, e por aí fora. A Porsche, a BMW and so on. A dimensão do muro de Berlim (155 Km) e a divisão da cidade deixam-nos a pensar como é que foi possível aquilo.
Deixo aqui alguns dos locais que me marcaram.
Sony Plaza - Postdamer Platz- Berlim |
Christmas Time |
Berlim Televison Tower - Berliner Fernsehturm |
Vista do alto dos 262 metros da Torre de Berlim |
Berlim Wall - East Side Gallery |
Ando afastada das lides blogosféricas e mesmo de leitura de blogs. Calhei aqui hoje inesperadamente e dei por ela que já cá tinhas estado... Mas contigo teria gostado de um brinde com cerveja da terra. Palavra que gostava.
ResponderEliminarQuiçá no nosso país noutra altura. :)
Beijo da capital germânica
PS: Gosto muito dos locais onde andaste, por alguns passo todos os dias. Bom saber que gostaste deles também.
Pukas: Tentei contactar-te por e-mail até para pedir umas indicações sobre preços médios de refeição, custo de vida, etc, mas o mail foi devolvido.
EliminarGostei bastante da cerveja alemã, tem pouca graduação alcoólica e bebe-se muito bem. Tinha adorado beber também uma cerveja contigo.
Aluguei um apartamento em Wollankstrass é um pouco fora de Berlim - a 7 km - mas a estação do S-Bahn era a 5m a pé e o bairro embora na periferia era muito sossegado.
Adorei a cidade. Reconheço a organização e o esforço de reconstrução alemão mas o povo em si não deve nada à simpatia, nem à boa disposição. Parece que toda a gente lhes deve e ninguém lhes paga. Me-do!!!!!
Beijinho enorme Pukas.
Vai dizendo coisas, gosto de saber de ti.
AC
EliminarQue bom ler a tua resposta e que pena que o email do blog nao está funcional. Teria sido mesmo fixe brindar contigo ao vivo.
Passa lá no meu tasco e deixa um comentário com um email ou uma forma de te contactar e falamos melhor. Não encontrei email aqui not eu blog, mas assim podemos teclar mais facilmente.
Gosto que ainda me chames Pukas :D
Beijo grande e bora lá orientar alguma conversa em modo update um dia destes.
Té já!
Pukas: Done.
EliminarEu não senti muito essa antipatia mas percebo o que queres dizer, em muitos casos vi que me tratavam da mesma maneira que tratavam os outros: sem grandes confianças e toca a andar.
ResponderEliminarPM: Eu estranhei algumas das reacções deles, e o pouco esforço em falarem inglês e se fazerem entender.
EliminarVivi em Potsdam em 2005 (como é que já se passaram mais de 10 anos!?) e ia quase todas as semanas a Berlim e guardo tão boas recordações dessa época! Acredito que nos últimos anos os alemães estejam mais desconfiados por causa da imigração em massa e dos atentados, mas não consigo deixar de admirar a perseverança do povo alemão, que também se nota na cidade.
ResponderEliminarFico feliz por teres conhecido uma das cidades do meu coração!
Beijinhos
Blanche Cerise: Adorei Postdam faz-me lembrar Sintra. É na periferia numa zona rural e de floresta mas está cheia de palácios, moinhos, casas lindas... E tem a Universidade que é gigante. Fiquei fascinada.
EliminarJá o povo... ai jasus.. que raio de gente, desconfiada, pouco simpática, até um pouco agressiva...
Beijinhos Blanche. E um excelente Natal. Que seja exactamente à medida dos teus sonhos.
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