sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Bye Bye 2016...





2016 foi um ano duro. Começou mal com uma separação logo em Janeiro, seguiram-se 36 dias de lágrimas que não consegui conter e uma dor no peito inexplicável. Senti-me tão perdida, tão magoada. Sem saber o que fazer. Fui à neve em Fevereiro com os meus amigos e fui feliz. Viajei em Março até à Polónia e risquei da minha lista um dos meus sonhos. Os meses seguintes seguiram-se, o tempo ajudou, dizem que cura tudo, não curou. A separação deixou de existir e voltámos a juntar-nos em final de Março não tão juntos como tínhamos estado, juntos com mazelas pelo corpo todo, mas juntos. Veio o Verão e as minhas férias no Algarve e o dia 31 de Julho, o nosso dia. Ele esqueceu-se. Disse-me que se esqueceu do dia, na verdade esqueceu-se de mim. E a partir daí tudo começou a ser posto em causa. Que fazia eu presa a uma pessoa e a uma relação para a qual nunca fui mais do que isso, uma relação. E o tempo corria, as semanas passavam e tudo continuava igual. Ele cada vez mais ausente, eu mais magoada, incapaz de perdoar o esquecimento... e o resto.

Depois chegou o fim do Verão e um Setembro magnifico. Comecei a abrir janelas, portas, e a deixar entrar o sol e vida nova. Entrou o sol, entrou um amigo dum amigo, uma personagem nova na minha vida e talvez a mais complicada e difícil das que já me apareceram, mas entrou algo mais que ainda não sei bem o que será mas que inclui amor, partilha, cumplicidade e projectos a dois. Ternura e muita vida em comum. E isso é tão giro. Estou a adorar. Não tem sido fácil empacotar vida, arrumar sonhos que construí e esquecer quem tenho quase a certeza que amei, embora eu não saiba amar ninguém. Estou a esforçar-me. Depois em Outubro chegou de mansinho o : vamos namorar miúda? Não quero uma cena contigo, quero que sejas a minha namorada! Dá-me uma hipótese, não desistas já de mim. E a vida foi-se compondo, ajeitando ao ritmo de duas pessoas com vidas agitadas, manias de solteiros, turnos e fins de semana cheios.

Em Dezembro aconteceu Berlim, juntos. Foi mágico sem ser perfeito. Tive perfeita noção das muitas arestas por limar, mas repetia tudo agora mesmo, pelas gargalhadas que dei, pela vontade com que ele me faz rir, pela cara dele ao descobrir cada coisa do mundo que existe lá fora, por cada beijo dado e abraço sentido ao adormecermos os dois. E porque fui imensamente feliz.

E agora para 2017?
Quero o mesmo que pedi em 2016, e em 2015, e em 2014... e desde que me lembro de pedir desejos. Quero para mim o que quero todos os anos, todos os dias do ano. Quero ser feliz. E desde que eu seja feliz não importa se quem me faz feliz é o X man ou o matraquilho azul, ou se vou de férias para o Algarve e ainda não é este ano que vou até Nova Iorque. Eu quero é ir. Eu quero é viver. Eu quero é ser feliz com o que a vida me dá. 

E sou.

Feliz Ano Novo!

10 comentários:

  1. Feliz Ano Novo!!!!! :))))
    Gostei muito deste texto :) gosto de textos que me façam acreditar que há sempre algo mais à espera, para lá do que, muitas vezes, nos tapa o horizonte ♥
    Beijinhos*

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    1. Anita: Perder a esperança, deixar de acreditar que amanhã vai ser possível e melhor é deixar-se morrer devagarinho e todos queremos viver tudo o que pudermos.

      Beijinhos**

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    2. A esperança não morre, mas ser alimentada só pela crença é complicado... ;) mas cá andamos ^_^

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    3. Anita: Sempre a esperança a mover pessoas e atitudes...

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  2. Caímos 7 vezes, levantamo-nos 8. Acreditar sempre, sempre, sempre, mesmo quando a vida por vezes insiste em testar as nossas convicções :)
    Gosto muito de te ler! Muito obrigada!

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    1. Andreia: A vida continuamente põe-nos à prova. É preciso acreditar que o melhor está para vir.

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Diz aí nada ou coisa nenhuma.