Bang bang, "S"he shot me down.
Bang bang, I hit the ground.
Bang bang, that awful sound.
Bang bang, my baby shot me down.
Sonny Bono
(em versão actualizada cantada por David Guetta)
(em versão actualizada cantada por David Guetta)
Há bons e maus começos. Foi um mau começo. Teve a vantagem de ser rápido. Nem para ele nem para mim havia alguma coisa a fazer. Despachámo-nos os dois em menos de nada.
22 anos, sexo masculino, tentativa de suicídio. Um orifício de entrada outro de saída. Tal como a bala que lhe perfurou o crânio também na minha sala de "grande trauma" passou de rajada, numa entrada por saída. Assim sem mais. Só a dor da absoluta impotência de nada poder fazer.
Dizem que a razão do acto foi expressa numa frase à namorada - Se sais por aquela porta mato-me! E ela saiu. E ele cumpriu. Matou-se. As verdadeiras razões ficarão por contar. Não é que isso por agora importe, ou mude seja o que for neste final de história.
Morte cerebral, Score 3 à entrada, sem ventilação espontânea. Mantido em suporte avançado de vida para recolha de órgãos. E o que podia ser uma vida cheia de vida teve um fim.
Fim.
Não critico o suicídio pois nunca sabemos se, um dia, o cometeremos... E as razões do mesmo irão para sempre com a pessoa a eternidade.
ResponderEliminarPS: o autor da canção com cuja citação tu inicias o post é um senhor chamado Sonny Bono e foi, originalmente, cantada pela sua então esposa Cher, no longínquo ano de 1966; ao senhor David Guetta não reconheço (ainda) méritos, excepto na técnica/táctica de covers/samplers.
Gata: Não critico nada... sou adepta que cada um com a sua vidinha faz o que muito bem entende... até suicidar-se. Mas ver assim uma vida perder-se aos 22 anos com tudo para viver confesso que me incomoda muito.
EliminarDesconhecia que o autor desta música era o Bono, sempre a ouvi cantada pelo David Guetta e confesso que gosto muito. Agradeço imenso o reparo e vou já de imediato corrigir. Estamos sempre a aprender. É essa também uma das muitas razões porque tenho um blog, interagir e poder retirar alguma mais valia disso.
Obrigada:))
Faltavam-me cá as tuas histórias de vida e de morte para me arrepiar....
ResponderEliminarO melhor 2015 possível para ti, boneca:) jinhoooooossssss
Suricate: Tento não vos massacrar com histórias quase sempre com um final triste... Gosto da cor rosa dos sonhos.
EliminarExcelente 2015 para ti menina Suri:)))
Beijinhoooooo grande
Puxa !! Fiquei sem ar a ler.... que soco no estômago !
ResponderEliminarMaria Mac Taus: Para aqueles pais 2015 não trouxe nada de bom...
EliminarAdmiro profundamente quem lida no dia-a-dia com estas histórias, com o sofrimento de familiares, com a impotência de nada poder fazer. Todas serão tristes com certeza, talvez algumas mais que outras. Um excelente ano de 2015, gosto de te ler, identifico-me tanto.
ResponderEliminarIvone Nunes:Tenho dias que só me apetece baixar os braços... depois passa-me.
EliminarUm Bom Ano para ti. Obrigada pelo carinho.
nem sei o que pensar...
ResponderEliminaragridoce: Nem eu...acho que foi um impulso se fosse possível voltar atrás não o faria.
EliminarDigo eu, mas eu nada sei.
Que história forte, que baque no coração...
ResponderEliminarBom ano 2015!
Cat: Estou rodeada de histórias fortes... infelizmente. daí um pouco a minha irreverência e algum mau feitio. Na vida não vale a pena vivermos o que não queremos.
EliminarQue história incrível, AC! Que aperto no coração...
ResponderEliminarDesejo-te um óptimo 2015. E que a tua energia de viver contagie outras pessoas, quem sabe salvarás mais vidas por seres como és.
Um beijo.
Susana Rodrigues:Um Bom Ano para ti. Acredito seriamente que somos nós que fazemos a nossa felicidade ou infelicidade com as nossas escolhas, quanto aos imponderáveis como uma doença, um acidente, ou uma perda gigante de alguém... são situações que não procurámos e aí é a sorte ou azar a jogar connosco.
EliminarBeijooooo grande em ti
Conheço varias historias parecidas com essa, duríssimas de lidar por todos os intervenientes.
ResponderEliminarNa tua profissão é o pão nosso de cada dia infelizmente.
Beijocas AC
Shiver: Há imensas....quase nenhuma com um final feliz.
EliminarBeijinhoooooo
Não me é fácil aceitar quem faz algo como isto.
ResponderEliminarA única explicação que encontro é que as pessoas estão doentes...
Muitos bjs
Son da Mamã: Também vou por aí...ou então que perderam toda a auto estima e capacidade para viver.
EliminarBeijinho
Bom ano para ti
AC minha querida um super beijão atrasado de um excelente Ano Novo com tudo a que tens direito e pelo qual lutas. Bem miúda nunca estive tão doente, a recuperar de uma infecção respiratória onde nada faltou. Adoro-te.
ResponderEliminarbeijos
carmo: As melhoras rapariga.... se há coisa de que tenho medo é de adoecer. A doença mete-me respeito... talvez por ser algo que não controlo e tudo o que foge à minha vontade deixa-me cheia de miaúfa.
EliminarBeijinho.
Com 22 anos e já armado...que estranho!!! o gajo era dealer de pó ou andava a gamar do alheio.
ResponderEliminarBom ano para ti.
SuperTramp
SuperTramp: Podia entrar aqui em grandes pormenores mas não posso... nem quero.
EliminarDigo-te só isto e tu és inteligente tiras as tuas conclusões.... eu sou filha de militar, sempre fui habituada a ver a arma do meu pai arrumada no coldre lá por casa e com 9 anos lembro-me do meu pai me chamar e explicar detalhadamente onde era a patilha de segurança, como se travava a arma e destravava, e o local onde nunca devia mexer... Portanto percebes que há muitos adolescentes com acesso a armas e não têm necessariamente de ser traficantes ou assaltantes. E já disse demais.
Esse teu mau feitio um dia mata-te... relaxa, acredita... a vida é bela.
Só para tirar aqui um pouco de pêso à conversa, nunca andei armado mas às vezes armo-me em parvo. É a única forma de eu andar armado que conheço!!!
EliminarGarruk: Armados em parvos andamos todos nós e mesmo quando não queremos obrigam-nos... Também me reconheço nessa guerra...
EliminarAmor não é, porque amor não bate assim -- matou (pelo menos) duas pessoas: a ele, para sempre, a ela, enquanto viver.
ResponderEliminarUm ótimo ano para ti, AC.
Xilre: A namorada um dia vai esquecer-se de tudo e viver a vida dela, mas aqueles pais...a dor daquela mãe e daquele pai, esses perderam uma parte deles, irrecuperável, e para sempre... e é nestas alturas que me questiono se morrer por escolha não é um acto profundamente egoísta, assim como querer prolongar a vida de um alguém em enorme sofrimento com procedimentos e mais tretas por pressão dos familiares directos porque não querem perder, deixar partir. Este é um tema (não consensual) que me deixa sempre a pensar...
EliminarUm excelente ano X. Já tinha saudades da simpatia e da honra de uma tão importante visita. É sempre um gosto.