Chegar de umas mini férias de sonho carregada com a mala e muitas fotografias, pousar a máquina fotográfica, largar o amor que levei à tiracolo junto ao ombro e ao longo do coração e cair de chofre na realidade. Sangue, cheiro a corpos suados, o cheiro da pele suja, ou da urina ressequida na roupa vestida. Sofrimento, dor, perda, luta contra o tempo, solidão, doença e muito mais sofrimento ainda. Pensamos sempre que a capacidade do ser humano para sofrer é finita, desenganem-se. Eu sou das que acredito em heróis, acredito em super pessoas que são capazes de sobreviver ao que eu achei ser humanamente impossível. Depois há as palavras ditas vezes sem conta, repetidas até à exaustão, ensaiadas ao longo dos anos que parece que não servem para nada, não curam ninguém, mas fazem sempre bem. Isso vai passar, vais ficar bom vais ver, daqui a pouco já não dói nada, vai correr tudo bem, acredita em mim que eu sei. Nem sempre corre. Aliás, diz-me a experiência que quase sempre não corre. Mas minto bem.
Em meia dúzia de dias já me tinha esquecido das minhas rotinas de trabalho, de olharem para mim a pedir ajuda, ou até uma cura, e eu apenas poder dar um sorriso, e esperança, e nada mais. Ou de tudo o que vejo para todos os lados que olhe, do que quase me cai no colo entre uma dentada numa sanduíche de fiambre de pão emborrachado e um chá bebido numa caneca amarela na sala de pausa entre um besouro sonoro e outro a cada entrada na sala de Trauma. Confesso que me esqueço rápido. Ou faço por esquecer. Ou então... sou mesmo boa a esquecer.
Depois de um dia de loucos resta-me pensar positivo. Fechar os olhos e lembrar-me que só trabalho uma semana e que depois vou de novo de férias. Lá para perto das nuvens, lá muito alto, tão alto que o sol brilha mais, queima mais, mas também me aquece mais. Levo na bagagem muita roupa para o frio e o mesmo amor de sempre para me aquecer. Expectativas? Nem mais, nem menos. As mesmas de sempre. Aproveitar ao máximo e ser imensamente feliz, porque há coisas que não queremos que mudem.
Férias...também gostava pois...leva-me na mala :P
ResponderEliminarBeijos
PM: Fechei a mala aos saltos em cima dela e não garanto que o fecho não rebente e aquilo estoure como uma bomba, ainda vou presa por talibã.
EliminarBeijo
Pensamento positivo: Esse edo já não precisa de manicure...
ResponderEliminarBoas férias, não penses muito em dedos.
António Bernardo: Este dedo já era um dedo...
EliminarDurante uns dias não vou pensar, mas depois volta tudo ao normal.
:(
ResponderEliminarmiúda das meias coloridas: Também fiquei triste....este dedo fazia muita falta ao seu proprietário acredita
EliminarBoas Férias rapariga... essa realidade de que falas dá cada chapada... bj
ResponderEliminarPetra: A realidade é assim mesmo dura e sem fantasias...
EliminarObrigada
Beijinho*
Sem graça nenhuma :p
ResponderEliminarAnónimo: A realidade é assim mesmo, sem graça nenhuma.
EliminarA ideia era mesmo essa transmitir a dureza da realidade.
Yac's!
ResponderEliminarSon da Mamã: Blhecccc:)))
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