sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Viagem proibida na escrita...




Não existe história alguma que não seja uma descrição mais ou menos completa de qualquer batalha.
Ana Hatherly

A duas mãos toca-lhe a pele. Larga-lhe a roupa devagar sem a largar das mãos. Umas peças despe ela apressadamente, outras ele com um vagar que a irrita. Estende os braços para o tocar. Shhhh nada disso, sussurra baixinho. Vais sofrer. Ahhhh. Desata ela a rir. Deixa-se ir embalada na antecipação da certeza que aquilo promete. Já não tem a certeza de nenhuma certeza, já não sabe sequer para que lado o seu corpo se estendeu e quem despiu quem. Sente-se apenas exposta, vulnerável, à sua mercê. Rendida e feliz, entregue nas suas mãos. Geme baixinho, ou alto, enquanto arqueia o tronco a procurá-lo a ele e a enterrar nele as ancas mais ainda, acelera a respiração e deixa-se ir numa mistura de prazer intenso, carinho, e desejo. O corpo empapado em suor, os lençóis molhados que escorrem do prazer dela.
Umas horas depois ela de clitóris inchado, sensível e dorido, meia perdida sem saber muito bem o que acabou de acontecer, pede-lhe baixinho - deixa-me tocar-te. Todo o corpo dela treme e ambos sabem que não é de frio. Ele deixa-a finalmente tocar-lhe. Ergue-se para junto dela numa urgência que nunca lhe viu. Desliza-lhe o pénis erecto, rijo e expectante no seu comprimento, roça-lhe a cara e a boca sem espera. Não há muito mais a fazer, a intensidade é tanta e o tempo esperado tanto que não se compadece com o que ambos tinham imaginado. E ficou tanto por fazer e ainda tantas palavras ao ouvido por dizer. E ambos queriam mais. Mais tempo. Mais prazer. Mais sexo. Mais e mais uma outra vez.

Fica para uma próxima vez. Ela sente que haverá sempre uma próxima vez.

12 comentários:

  1. Uma viagem em nada proibida, seja na escrita ou na pele :)
    Beijos grandes

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    1. Imprópria: Já viste que até o blogger agora quer impor regras nas nossas viagens proibidas na escrita? Nunca o que escrevi foi tão verdade.

      Estou contra este espartilhar dos nossos actos... só lê quem quer. Há sempre a liberdade de seguir em frente.

      Beijinho enorme

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  2. Estou a ver que o moço é adepto de certas coisas do qual eu também sou um grande aficionado! :D

    Beijos

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    1. Carmo: Uma aventura na escrita... sem regras, nem normas.

      Beijoooo enorme

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  4. Enquanto houver uma vez, sejamos assim, inteiros, sempre como se fosse a última!

    Beijos, enfermeirinha! :)

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    1. Maria Eu: Viver intensamente sempre. Para mim o pior de tudo é mesmo arrastarmo-nos na vida sem nos lembrar-mos que estamos vivos.

      Beijinho gigante Maria TU

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Diz aí nada ou coisa nenhuma.