terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Relato de um fim de semana de loucos...



Cascata do Rio Cheleiros

Inscrevi-me num grupo aventura para actividades outdoor, trekking sobretudo, mas também escalada, canoagem, rappel. Para cada tipo de aventura estava associado uma localização especifica e um grau de dificuldade. Como há muito tempo não faço nada optei pelo grau de dificuldade médio pensando eu que seria capaz de dar conta do recado. Pois...


Casinhas locais. Aldeia da Mata pequena.

Penedo do Lexim . Antigo vulcão extinto.
Fiz 23 km por entre riachos, ravinas, escalei as arribas de um vulcão extinto em Penedo do Lexim, atravessei um rio em cima de uma árvore caída a 3 metros do solo e cheia de musgo e o raio e quase que tomei banho de água gelada, precisei de ajuda para escalar as margens rochosas do mesmo rio porque me pesava o cu. E constatei vários factos... 





Tenho a peida pesada por falta de exercício e tenho que remediar este facto rapidamente. Gente mais velha que eu (um dos participantes tinha 61 anos) dá cartas e prova para quem quiser ver que a idade é um número. E dá-nos uma grande lição de vida. De excelente qualidade de vida. Depois aprendi outra lição, não há maior exercício, de todo o tipo, cárdio respiratório, muscular, e em verdadeira camaradagem do que é feito em contacto com a natureza pelo meio dos nossos locais, em contacto com as gentes, à descoberta, e na presença de paisagens lindíssimas. Por último e este para mim o mais importante, um grupo só chega ao destino se todos se entre ajudarem. Se uns segurarem na mão dos outros, puxarem a corda, e quem vai à frente transmitir o conhecimento do terreno para os de trás. Sou individualista, obrigada pela vida a ser eu e apenas eu, não contar com mais ninguém. Aprendi que receber ajuda sabe bem.

Se hoje estou cansada? Estou morta! Dói-me tudo! Ontem depois de chegar a casa, despir a roupa cheia de lama e enfiar-me num relaxante banho de imersão e constatar as nódoas negras, os dedos dos pés quase cozidos de permanecerem nas meias molhadas, e a extrema dificuldade em me mexer, posso afirmar que descobri músculos que me esqueci que tinha. 

Fiquei com o bichinho deste enorme prazer das caminhadas. Quero regressar, quero voltar a este grupo (um dia falo dele), quero voltar a sentir a dor do cansaço extremo e a impotência para superar sozinha os obstáculos... e quero voltar a sentir a sensação de estender a mão e saber que uma mão vai lá estar para mim. Acho que viver é isto, o prazer de se fazerem coisas que se gosta.

4 comentários:

  1. Até me doem as pernas por solidariedade :P Por essas e por outras é que a malta precisa de férias ou de outro fim-de-semana para descansar do fim-de-semana. Ao menos dá saúde!

    Beijos

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    1. PM: Dói-me tudo...Ontem fui fazer noite e mal conseguia subir os degraus das escadas... estou que nem posso.

      Queria outro fim de semana grande... buá buá buá... não sei quando volto a ter outro lá para o Verão!

      Beijinhooooo

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  2. É tão bom sentirmo-nos cansadas mas felizes e principalmente com mudanças novas e boas assim! Continua, vais adorar!

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    1. SuperSónica: Senti-me muito feliz, a fazer uma coisa que gosto, cheia de espírito de aventura e rodeada de boa camaradagem num cenário de suster a respiração.....não preciso de muito mais. O pior é hoje e ontem.... uiiiiii.... preciso mesmo de não perder o ritmo e continuar a fazer exercício.

      Eu adorava continuar... mas e tempo? Trabalho sempre aos fins de semana e estas actividades são sempre ao fim de semana. Estou tramada!

      Beijinho miúda acelerada

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Diz aí nada ou coisa nenhuma.